Monday, August 11, 2003

Não acabam com os fogos porque não querem!!

Uma solução para esta loucura dos fogos!
Portugal é um quadrado de 680 por 180 km, numa superfície total de cerca de 90.000 km2.
Tem, dizem-nos, cerca de 3,3 milhões de hectares de coisas para arder, o que equivale a cerca de 33 mil quilómetros quadrados.
Com um quadriculado aproximado de 3,3 km de secção são necessários cerca de 10 mil pessoas para cobrir o território nacional, ficando cada um destes vigilantes com uma parcela de 3,3 Km2, numa área que em qualquer circunstância não demora mais de 10 minutos a percorrer.
São necessárias assim 30 mil pessoas (voluntários, estudantes, desempregados,...) empregues durante 4 meses - de Junho a Setembro -; a pagar 600 euros por mês seriam necessários (estão isentos de IRS e Contribuições para a Segurança Social),- porque também são necessários 3 turnos, e trabalhar aos fins de semana - cerca de 96 milhões de euros.
Cada um destes vigilantes seria equipado de telemóvel, uns binóculos e um telemóvel com GPS e teria de comunicar de 15 em quinze qualquer ocorrência na sua área de vigilância a um departamento central de Combate aos Incêndios, que incluiria no mínimo um helicóptero por sede de distrito equipado com um kit de Intervenção rápida.
Além do efeito da vigilância sobre os acasos naturais, é sensível o efeito da coacção sobre os criminosos amadores.
Suponhamos que a reducção dos incêndios era de 50%. Como se diz que o PIB das florestas representa cerca de 3,3% do PIB falamos de qualquer coisa como ,033*120.000.000.000 = 3.960 milhões de euros, então 50% seria 1980 milhões de euros. Negligenciemos por enquanto o valor da madeira queimada, e a duração dos efeitos negativos, que não é só um ano...
Valia a pena ou não?
Porque nada disto acontece?
Poruque o poder político não tem incentivos para proteger a floresta. Os votos vêm dos serviços nos hospitais, de escolas disponíveis e dumas teatralidades na RTP. Quem quer saber do mato queimado?
Do You?

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