Sunday, October 23, 2005

Código de Ética

Estive num almoço da ACEGE, onde, depois de discursar, Paulo Teixeira Pinto assinava o Código de Ética da associação, honrando assim o momento, no qual participaram algumas dezenas de gestores e empresários.
O valor do código é indiscutível.
Paradoxalmente, no mesmo dia, alguns bancos foram investigados pelas Judiciária e Finanças, numa operação muito mediática e de relevo político inquestionável.

Como pequeno empresário, há já algum tempo que dei instruções para a criação dum código interno de ética, que espero esteja pronto até ao fim do ano. A legalização do software, a existência de contrastos de trabalho, o respeito pela vida dos colaboradores, o rigor na relação com cliente e fornecedores, consubstanciaram-se numa empresa que paga IRC há 4 anos e que não deve nada ao fisco nem à segurança social.

Contudo, como empresário, se acho que há muito para fazer no reino das micro e pequenas empresas, penso também que o relacionamento entre estas e as grandes deveria fazer parte desse código.
Portugal tende a tornar-se um país de oligopólios em que as grandes empresas, dificultando o acesso das pequenas a lhes venderem os seus serviço, preferem fechar os seus relacionamentos com empresas alibi.
Na banca, seguros e distribuição alimentar, um grupo de 4 ou 5 empresas representa mais de 75% das vendas do sector, e compra os seus serviços a outras 4 ou 5 empresas, normalmente multinacionais.
Esta actuação cerceia a inovação e o estímulo ao empreendorismo do pequeno empresário que não chega a ser ouvido para apresentação da sua ideia.
Não é assim em todos os países da União.
Não teria de ser assim em Portugal.
Mas tenho pouca esperança que alguma coisa mude.

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