Matrix!

Quando vamos vera Matrix entendemos o absurdo das manifestações político-sindicais.
Não faz sentido, participarmos numa marcha de quilómetros protestando contra a direita e os patrões e depois nas eleições votarmos PSD ou PS.
Nós, na realidade, não nos queremos queixar.
Nós estamos todos contentes.
Temos telemóveis, carro, casa e férias nas Seychelles.
Então porque protestamos? Duas razões:
Estamos menos sós quando sentimos fazer parte de algo; quando protestamos existimos fora da rotina casa-trabalho-casa-novela-dormir-trabalho.
Quando berramos, esperneamos e ainda por cima levamos umas cacetadas somos algo mais.
A Matrix não é um PC ou qualquer forma de IA. É o dinheiro. O conforto, o bem-estar. Que nos retira a capacidade de amar, sentir e viver. Quando a máquina se apresenta com cara de homem, o dinheiro apresenta-se como a raison de vivre. Tudo o que fazemos, embora incompreensivelmente, não explicitamente, é para arranjar mais dinheiro.
Tenho dinheiro logo existo.
Por isso Jesus, Siddharta, Gandhi e Mandela nunca tiveram dinheiro. Era outra a sua liberdade. A de existir e não a de sobreviver.