Monday, December 26, 2005

Porque vai Cavaco ganhar!

É preciso dar ao povo o que o povo quer, dizia a canção revolucionária...


O que promete Cavaco:
Cavaco diz que sabe de economia, que a vida dos portugueses está muito difícil e que pode dar um contributo para a resolução da crise.
Diz isto muitras vezes, sempre no mesmo tom e com ar de professor..



O que diz Mário Soares:
Nada. Apenas que Cavaco não conseguirá cumprir o que promete, e que trará indesejável instabilidade política, enquanto ele sempre foi e está disposto a continuar a ser o grande moderador.


Ora, parece-me que a promessa de Cavaco é mais valorizada pelos portugueses. O que querem ouvir são promessas de melhoria económica e não de estabilidade política. A estabilidade política não paga as contas. Ora Mário Soares não promete absolutamente nada, e não entendo quem lhe pensou esta estratégia política. Não prometer nada só faz sentido em períodos de abundância. O povo precisa de um sinal de esperança mesmo que para tal aconteça alguma instabilidade.
E a Soares faltam promessas, planos, compromissos.
Cavaco concentrou-se numa grande ideia - Eu posso fazer algo.

Tá tudo lixado!!!

Notícia da Agência Financeira
"O endividamento das administrações públicas aumentaram em 54,2%, para os 7,38 mil milhões de euros, nos primeiros 10 meses deste ano, indicou o boletim estatístico do Banco de Portugal, lançado ontem.
Em termos homólogos, o indicador subiu 39,2%, frente aos 5,3 mil milhões de euros registados em 2004. Face ao mês de Setembro, o endividamento aumentou em 1,4%, dos anteriores 7,28 mil milhões de euros.
Nas administrações públicas estão incluídos os subsectores Estado, serviços e fundos autónomos, administração regional e local e fundos da segurança social.
Já a balança corrente e a balança de capital, sofreram um défice provisório de 9.580 milhões de euros, entre Janeiro e Outubro de 2005. Este valor foi contra os 6.697 milhões de euros, no período homólogo, o que representou um aumento de 30%".


O que significa isto?
Três coisinhas simples:
Que o Estado é um ser vivo, descontrolado; que as políticas de contenção levam muito tempo a fazer efeito; que Otas e TGVs não fazem nenhum sentido enquanto a máquina não obedece; que não devia haver vida alé do déficit.
MF