Liberalizando por aí...

Abro o Canal 2 sexta feira e vejo um filme em que dois adolescentes, após uma vida de ruminantes e muita TV, vêem uma série sobre Hitler, armam-se até aos dentes, e vão para o seu liceu fazer tiro ao alvo. Matam algumas dezenas de colegas. Sem culpa, remorso, népias. "Hoje é o dia em que vamos morrer" como quem diz "Vamos ao Mcdonalds".
À noite na SIC vejo Victor de Sousa parodiando Hitler.
Mais tarde no Canal 1, vejo uma série sobre pessoas desaparecidas.
Neste episódio, uma das miúdas participa num gang bang, orgia global com um bando de outros amigos e amigas. Sem sentimentos, sem emoções, just for the fun and pleasure. Roma já chegou.
João César das Neves e outros teóricos conservadores projectam que brevemente toleraremos sexo entre membros da mesma família (pai e filha), desde que maiores, numa primeira fase. Depois, a pedofilia?
Não tarda nada chegam os bárbaros.

O CPE

Primeira regra do liberal.
Quanto menos o Estado fizer melhor.
Se existe uma cárie, escondê-la não a faz desaparecer.
O Governo Francês fez uma asneira ao legislar a lei do CPe que permitia aos patrões despedir trabalhadores jovens no seu primeiro emprego, durante dois anos.
Porque o problema da competitividade da indústria francesa não se resolve assim.
Precisa de muito mais.
Lei de trabalho mais flexível para todos os trabalhadores. Menos funções do estado. Menos dinheiro gasto em estupideses como armas e indústria espacial. Menos impostos sobre o trabalho, mais impostos sobre os luxos (tabaco, bebidas, carros de luxo, casas para milionários, etc.). Melhor educação, saúde e administração central concessionadas. Isto já devia chegar.
Foi uma asneira pior acabar com a lei. O Governo francês está entregue aos bichos das ruas. A acéfala multidão ganhou.