Os taxistas estão em greve.
A lei laboral vai mudar e muito brevemente um despedido injustamente, mesmo que ganhe a acção judicial, poderá não ser reintegrado na empresa, desde que esta pague uma indemnização calculada entre 30 a 45 dias de salário, por cada ano de trabalho.
Não faz mal, o trabalhador a partir de agora assinará, como os futebolistas passaram a fazer, após o caso Bosman, a querer assinar um contrato de rescisão com valores pré-tabelados. Senão - se tiver alternativas - não trabalhará nessa empresa.
Portanto, esta nova lei serve apenas os coitados dos bluecollars, que ignorantes, continuarão cada vez mais afónicos.
O que o político não percebe, é que com o actual enquadramento e operacionalidade jurídico-judiiciais, isto não alterará o equilíbrio capital/Trabalhador, absolutamente nada.
Senão vejamos:
Um trabalhador que fosse hoje ilicitamente despedido, estaria anos a tentar ganhar a acção em tribunal, para depois, se reintegrado, recuperar apenas o dinheiro que teria ganho se lá tivesse estado a trabalhar. Danos morais, psioclógicos, o fim duma carreria, isso nunca se consegue recuperar. Ou seja, actualmente qualquer patrão sabe que o melhor mesmo é despedir logo, com ou sem razão. Em princípio mesmo que perca: só paga o que pagava se lá estivesse o trabalhador; e em princípio consegue negociar um valor mais baixo; e ainda ganhou o espaço da secretária, a utilização do telemóvel, o computador, o tempo para reorganizar aquele serviço e muitas vezes a paz social necessária a uma mudança qualquer.
Isto tem uma razão de ser. Os tribunais funcionam mal, e os juízes não gostam de mandar pagar indemnizações. Por exemplo o valor previsto de indemnização para um atropelamento por um veículo público (ambulância, carro governamental..)ou mesmo um semáforo público!!!, não ultrapassa os poucos milhares de euros, mesmo quando se perde uma vida (julgo que são 30 mil euros). E isto não vai mudar!
Teria sido melhor começarem por mudar a lógica judicial e a mentalidade dos juízes, antes da lei de trabalho. Mas supomos que assim seja mais fácil. No país das coisas fáceis......
PS:Sei que isto não é Politically Correct mas não gosto de taxistas em geral. Mais de 90% deles pertencem a um dos seguintes grupos: Ladrões, especialmente para turistas (subcategorias ladrão pela volta grande; ladrão pelo engano de taxímetro; ladrão pela maximização do trinómio Velocidade Cruzeiro/Parar nos semáforos/Nunca ultrapassar, em especial eléctricos); muito mal dispostos (pouco corteses); desconhecedores da cidade, em geral; com péssima apresentação pessoal (subcategorias mal barbeados; cheiro a sovaco; unhas pretas; limpadores de narizes e interstícios dentais). Se calhar não era má ideia fazer uma CBT (Classificação do Bom Taxista) com avaliações feitas pelos utilizadores e que vendia a estrela da certificação). Imaginem o que seria um norueguês que chega à Portela, escolhendo uma estrela verde, saber que não vai pagar 121 euros para ir até ao Rossio.