Wednesday, October 26, 2005

A minha televisão!


Gosto muito da minha televisão.
Ela é muito boa e simpática.
A maior parte das pessoas gosta de criticar a TV.
Mas a TV é uma coisa completamente diferente porque para a compreender é preciso ter muitos cursos, saber muito de estratégias, audiências e conteúdos e ir de vez em quando a Cannes, um sítio muito elegante onde os canapés são muito bons.
Portanto eu não posso falar de TV, de canais temáticos de GRPs ou de autopromoções.
Mas posso seguraemnte falar da minha televisão.
A minha televisão gasta muito pouco.
Nunca avaria, não precisa de manutenção e garante uma imagem de qualidade muitas horas por dia ao longo de muitos anos. O mesmo não se pode dizer da maioria das pessoas ou coisas.
A minha televisão compreende-me. Não me interpela, nem questiona as minhas escolhas, por muito absurdas que elas por vezes possam parecer.
A minha televisão é solidária. Nos dias em que me sinto só, em que chego aa casa tarde, ela anima-me, dá-me coisas que me entretêm, ocupam-me o espírito, me informam e cultivam.
A minha televisão é fiel. Não vai a lado nenhum, está lá sempre, seja a que horas ou dias eu precisar dela.
A minha televisão é boa para a família. À noite, a família junta-se à volta dela, e ela introduz e facilita temas que temos de tratar com os miúdos, dum modo lúdico e envolvente.
A minha televisão tranquiliza-me. Nos dias de chuva em que não há nada para fazer, mesmo dsligada, ela apazigua as nossas ansiedades, porque sabemos que ela é fiável.
A minha televisão (Os Homens do Presidente) mostra-me mundos que doutro modo continuariam escondidos e incompreensíveis. Todos as semanas entro na casa do Presidente dos Estados Unidos. Conheço os seus amigos, os seus conselheiros, entendo que às vezes a política vai além do Louçã.
O melhor momento de rir da minha vida, foi a minha televisão que me deu com o número do falafalafala dos Gato Fedorento
A minha televisão informa-me e esclarece-me. Os quizes culturais, os telejornais, os programas da Fátima, a national Geographic, colecciona, organiza e sumariza temas complexos tornando-os tão fáceis de ingerir como uma Pizza-Hut.
A minha informação mostra-me o diferente. Com os Sete Palmos apercebo-me da realidade gay. Com a Ally Mcbeal sei que há românticos que gostam do Barry White, que sonham, que acertam e falham nos seus desempenhos profissionais, pessoais e emocionais.
A minha televisão traz-me a emoção, às vezes comparável a ser um pequeno empresário em Portugal. A série 24 Horas dispara-me a adrenalina, e como me tira o sono dá-me umas horas a mais de trabalho às quartas-feiras.
A minha televisão acrescenta paz e estabilidade à família porque a minha mulher e os meus dois filhos também a adoram.
A minha televisão traz-me a minha equipa de futebol, com a vantegem, de a poder desligar se as coias não estiverem a correr bem (superstição).
A minha televisão traz-me a história do mundo. Durante anos consegui convencer os meus filhos que a vida antigamente era a preto e branco. O Saraiva conta-nos histórias da história que nos divertem a todos cá em casa.
Diz-se mal da TV em Portugal.
A minha televisão é muito elegante e fica muito bem na sala.
Eu acho que a minha televisão é a melhor televisão do mundo.
Já estive com outras televisões em outros países do mundo.
Ms não eram tão boas. E ainda por cima não eram minhas.

Sunday, October 23, 2005

Código de Ética

Estive num almoço da ACEGE, onde, depois de discursar, Paulo Teixeira Pinto assinava o Código de Ética da associação, honrando assim o momento, no qual participaram algumas dezenas de gestores e empresários.
O valor do código é indiscutível.
Paradoxalmente, no mesmo dia, alguns bancos foram investigados pelas Judiciária e Finanças, numa operação muito mediática e de relevo político inquestionável.

Como pequeno empresário, há já algum tempo que dei instruções para a criação dum código interno de ética, que espero esteja pronto até ao fim do ano. A legalização do software, a existência de contrastos de trabalho, o respeito pela vida dos colaboradores, o rigor na relação com cliente e fornecedores, consubstanciaram-se numa empresa que paga IRC há 4 anos e que não deve nada ao fisco nem à segurança social.

Contudo, como empresário, se acho que há muito para fazer no reino das micro e pequenas empresas, penso também que o relacionamento entre estas e as grandes deveria fazer parte desse código.
Portugal tende a tornar-se um país de oligopólios em que as grandes empresas, dificultando o acesso das pequenas a lhes venderem os seus serviço, preferem fechar os seus relacionamentos com empresas alibi.
Na banca, seguros e distribuição alimentar, um grupo de 4 ou 5 empresas representa mais de 75% das vendas do sector, e compra os seus serviços a outras 4 ou 5 empresas, normalmente multinacionais.
Esta actuação cerceia a inovação e o estímulo ao empreendorismo do pequeno empresário que não chega a ser ouvido para apresentação da sua ideia.
Não é assim em todos os países da União.
Não teria de ser assim em Portugal.
Mas tenho pouca esperança que alguma coisa mude.

Monday, October 17, 2005

Recebido dum leitor

O True não partilha necessariamente as ideias dos seus utilizadores.
Mas algumas fazem-nos pensar!!!



Boas Vidas!!!


Nem tudo vai mal nesta nossa República (Pelo menos para alguns.

Com as eleições legislativas de 20/Fevereiro, metade dos 230 deputados não foram eleitos. Os que saíram regressaram às suas anteriores actividades.



Sem, contudo, saírem tristes ou cabisbaixos. Quando terminam as funções, os deputados e governantes têm o direito, por Lei (deles) a um subsídio que dizem de reintegração:

- um mês de salário (3.449 euros) por cada seis meses de Assembleia ou governo.


Desta maneira um deputado que o tenha sido durante um ano recebe dois salários (6.898 euros). Se o tiver sido durante 10 anos, recebe vinte salários ( 68.980 euros). Feitas as contas e os deputados que saíram o Erário Público desembolsou mais de 2.500.000 euros.



No entanto, há ainda aqueles que têm direito a subvenções vitalícias ou pensões de reforma (mesmo que não tenham 60 anos). Estas são atribuídas aos titulares de cargos políticos com mais de 12 anos.



Entre os ilustres reformados do Parlamento encontramos figuras como:

Almeida Santos......................... 4.400, euros;

Medeiros Ferreira....................... 2.800, euros;

Manuela Aguiar......................... 2.800, euros;

Pedro Roseta.............................. 2.800, euros;

Helena Roseta............................ 2.800, euros;

Narana Coissoró ...................... 2.800, euros;

Álvaro Barreto............................. 3.500, euros;

Vieira de Castro........................... 2.800, euros;

Leonor Beleza ............................ 2.200, euros;

Isabel Castro............................... 2.200, euros;

José Leitão................................ 2.400, euros;

Artur Penedos............................ 1.800, euros;

Bagão Félix............................... 1.800, euros.



Quanto aos ilustres reintegrados, encontramos os seguintes:

Luís Filipe Pereira ............... 26.890, euros / 9 anos de serviço;

Sónia Fortuzinhos ............... 62.000, euros / 9 anos e meio de serviço;

Maria Santos ....................... 62.000, euros /9 anos de Serviço;

Paulo Pedroso .................... 48.000, euros /7 anos e meio de serviço;

David Justino ...................... 38.000, euros /5 anos e meio de serviço;

Ana Benavente ................... 62.000, euros/9 anos de serviço;

Mª Carmo Romão ................ 62.000, euros /9 anos de serviço;

Luís Nobre Guedes ............ 62.000, euros/ 9 anos e meio de serviço.



A maioria dos outros deputados que não regressaram estiveram lá somente a última legislatura, isto é, 3 anos, o suficiente para terem recebido cerca de 20.000, euros cada.



É assim a nossa República (das bananas) !!!!!!!!!!!!!
É ESTA A CLASSE POLÍTICA QUE TEM A LATA DE PEDIR SACRIFICIOS AOS PORTUGUESES PARA DEBELAR A CRISE...

Assinado por bloggista devidamente identificado.

Sunday, October 16, 2005

Autárquicas

E Portugal continua a votar da mesma maneira.
A grande surpresa destas eleições foram os independentes verdadeiros (não os merdosos...). Que apareceram, e nalguns casos até ganharam.
De resto, tudo na mesma.
Portugal vai de eleição em eleição atè à derrota final.~
Castigo do Governo ou voto local?
O que justifica a vitória do PSD e derrota do PS?
Provavelmente uma mistura das duas coisas.
Seria interessante analisar o voto dos funcionários públicos, os mais castigados pelas políticas de contenção.
De resto, já aí vêm as Presidenciais e referendos vários.
O nosso Sebastião é que já não aparece.

Sunday, October 02, 2005

Setembro!!


Tantas reflexões.

José Pedro Gomes
Na peça "Coçar onde é preciso" lista uma série de charges sobre o típico comportamento lusitano.
O melhor?
As viagens em grupo aos eco-resorts, e a sinalização dos desvios. A não perder.
stop
Valentino Rossi
Ganhou pela sétima vez o campeonato do mundo.
Com uma mota pior do que os outros.
Génio, talento e determinação. Its all it takes.
stop
Fernando Alonso
Um miúdo que ganha aos 24 anos o campeonato do mundo de Fórmula 1.
Cmmbinação capital, liderança, equipa e piloto.
stop
Uma mulher na Alemanha foi condenada por fazer um curso de feitiçaria.
Altamente anti-liberal.
stop
Jorge Coelho afirmou estar contra as candidaturas independentes. O terror de derrota esmagadora é agora demais evidente nas hostes socialistas.
Defendemos o contrário. Devia ser ainda mais fácil e menos burocrática a candidatura de independentes a todos os órgãos de gestão do poder público do país. Mais concorrência, menos partidarismo...
stop
Valentim, Felgueiras, Isaltino, Avelino
Não estão fugidos à justiça, nem estão a deixar de cumprir alguma pena resultante de qualquer julgamento. Têm as contas em dia.
Se ganharem as eleições ganharão também por culpa dos partidos que não são claros em relação a eles. Porventura têm telhados de vidro. Todos eles. Mas acima de tudo ganharão pelas suas competências de marketing. Por entenderem os anseios do povo. Por cumprirem algumas das promessas. E também, é claro, porque o crédito dos partidos sérios está exaurido. Como o país...
stop
Na Madeira, Jardim dava ordens a um jornal para publicar notícias. E o jornal publicava. De Jardim já esperamos tudo e nada nos surpreende. Mas dos interesses defendidos? Do director do jornal?
stop
Emigrantes morreram a tentar aceder a Melilla e Ceuta.
Pobres, miseráveis, à procura dum lugar no paraíso UE. Não os deixam entrar. Nem dum lado nem doutro. Todos contra eles. Não está certo.
Além das contas que ainda estão por fazer (sobre a racionalidade económica da emigração), deveria ser dada a qualquer indivíduo a mobilidade mundial, especialmente quando para a economia todos os mercados são mundiais. Queremos liberdade de media, democracia e mercados para as Coca-Colas. Geramos nos cidadãos dos países pobres a urgência de emigrar. Depois dizemos-lhe, podes comprar mas não podes ter. Errado.
stop

As pequenas empresas

Uma das empresas que dirijo tem um posição forte no seu mercado.
Comos estudos regulares que faço à concorrência sei que o meu produto e preços são melhores do que os das maiores consultoras mundiais.
Contudo continuo a perder concursos.
Poderia pensar que era devido ao valor da marca.
Apesar dos meus produtos e serviços serem melhores e mais baratos, ao produto temos de acrescentar o valor da marca da empresa fornecedora, pois a ele vêm associados credibilidade, rigor e qualidade da investigação.
Não penso ser esse o caso.
Penso que o motivo é outro: o gestor alibi.
Perante quadros de gestão política complexas e em constante alteração o gestor alibi não quer decidir nada.
Por isso o relatório da Consultora X pode ser um suporte à decisão que ele não quer tomar.
Como falta coragem aos maiores gestores portugueses, nossos potenciais clientes, que gerem acima de tudo carreiras com pouco risco, pois a remuneração do risco não é suficiente, as PMEs de consultoria têm um desenvolvimento mais difícil.